5.6.06

"Minuciosa formiga
não tem que se lhe diga:
leva a sua palhinha
asinha, asinha.

Assim devera eu ser
e não esta cigarra
que se põe a cantar
e me deita a perder.

Assim devera eu ser:
de patinhas no chão,
formiguinha ao trabalho
e ao tostão.

Assim devera eu ser
se não fora não querer."
Alexandre O'Neill

3 Comments:

Blogger martim de gouveia e sousa said...

a volição comanda o poeta. abraço.

8:13 da manhã  
Blogger isabel mendes ferreira said...

assim....


lá para os lados de Constância....

outros tempos.

a mesma intensidade.


excelente Al...

abraço.

10:31 da manhã  
Blogger Clara Hall said...

e assim...as formigas vivem para formigar a fazê-lo. com zelo. com desvelo dormente. ao trabalho.
as cigarras existem para cigarrá-lo a cantá-lo. com interesse. com trinados vivos. coloridos. ao trabalho também.
e pelos carreiros, anda sempre alguém entre formigas e cigarras a lembrar que o dever existe, mas não. o dever é uma construção, por vezes, muito fácil de desconstruir.a cantar, a rir, a dormir e, principalmente, a trabalhar sem o sentir. ao dever.

:)

1:19 da manhã  

Enviar um comentário

<< Home